Contos por Um Fio – Contos da Floresta

Exposição de marionetas de Olga Neves.

De 11 de fevereiro a 8 de abril
Horário
De terça-feira a sábado, das 15 às 19 horas.
 

Sobre

Esta exposição proporcionará uma visita ao mundo das marionetas «que mesmo que pareçam dormir, estão a soltar palavras silenciosas (só quem usa a imaginação as consegue escutar), palavras que mais não são que o fio condutor para se conhecer, mais de perto, as histórias que elas têm para nos contar. É por isso que cada marioneta tem um fio, um fio que se puxa, e puxa, e puxa, até ele ser do tamanho da sala, da casa, da rua, da cidade… E agarrados a ele sai-se pelo mundo, um mundo de histórias presas por um fio». 
- Ana Meireles -

A exposição está intimamente ligada ao conto tradicional e à representação visual. Neste caso o objetivo é que o observador entre no espaço expositivo e se sinta como parte, que seja espetador e personagem.
Ora, os contos tradicionais contados oralmente são enriquecidos com a introdução de novas situações pelo contador de histórias, sem se afastar muito da história original, e no final tudo acaba bem! Em Contos da Floresta acontece isso mesmo, o visitante vai identificar a história com base no que conhece, no que lhe foi contado, e pode ser ele próprio a contar a sua história, para si ou para os outros, se assim o entender.
Contos da Floresta surge também como uma chamada de atenção para o distanciamento que se faz do conto oral (contado normalmente em família com muita enfâse e teatralidade, com risos e espanto) para a leitura da pequena história que se faz antes de adormecer, muitas vezes um ritual descritivo e distante de emoções.
Escolhi os contos tradicionais porque são um reflexo da sociedade e uma chamada de atenção para situações que são transversais à história dos tempos e às diferentes culturas. Nesta exposição deparamo-nos com a astúcia do Lobo Mau e a irreverência do Capuchinho Vermelho, com a preguiça da uma irmã e a bondade da outra. 
Elas, as marionetas, não falam, mas contam uma história, uma história que enriquece o imaginário de todos nós. Cada uma das marionetas tem a sua própria história, não só como personagem que faz parte de um conto mas como indivíduo único. Na sua conceção há uma escolha de materiais e adornos que estão ligados ao meu crescimento, às minhas memórias e aos que me são muito próximos, desde bordados e rendas à textura e cores dos tecidos, assim, nascem as marionetas como uma extensão de mim.
- Olga Neves -