Festival do Maio

Em 2020, o Festival do Maio, inicialmente programado para acontecer novamente no Parque Urbano do Seixal, teve de ser ajustado ao contexto atual de pandemia covid-19 e irá decorrer na casa de todos, com a transmissão dos concertos de 2019, nos dias 1 e 2 de maio, a partir das 21.30 horas, nos canais oficiais da autarquia do Facebook e Youtube.

Além dos concertos de 2019, destaque para a transmissão do espetáculo Por Terras do Zeca, um tributo à obra de José Afonso, que estava inicialmente previsto para o Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal

O Festival do Maio é um projeto municipal e terá continuidade em 2021.

1 de maio  - 21.30 horas

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Por Terras de Zeca

Um tributo à obra de José Afonso, quer como compositor, quer como poeta, num espetáculo rico, que integra algumas das suas composições mais conhecidas, como «Verdes São os Campos», «Que Amor Não Me Engana», «Índios da Meia-Praia» e «Venham Mais Cinco», que surgem revestidas de novos arranjos, mas também temas originais baseados na sua figura e outras composições menos conhecidas pelo público.

Esta digressão conta com os arranjos e direção musical de Davide Zaccaria e ainda com as vozes dos cantores Filipa Pais, Maria Anadon e João Afonso, acompanhados pelos músicos Armindo Neves, na guitarra elétrica, Ivo Martins, na bateria, João Califórnia, nos teclados, Paolo Massamatici, no oboé, e Luís Pinto, no baixo, além do mentor e diretor musical, Davide Zaccaria, nas guitarras.

Este trabalho, realizado em exclusivo para o Seixal, parte de vídeos dos músicos em suas casas a interpretar as canções e foi posteriormente editado, para chegar às casas de todos num espetáculo único.

Pedro Joia e Quarteto Arabesco

Pedro Jóia é um dos melhores guitarristas portugueses. Obras para guitarra flamenca, portuguesa e clássica fazem parte do seu vasto e original repertório. Já colaborou com artistas brasileiros como Elba Ramalho, Simone ou Ney Matogrosso, e com a nova geração de fadistas portugueses, explorando novas abordagens musicais para o fado tradicional.

O Quarteto Arabesco colabora com o guitarrista desde 1998, tendo participado em três dos seus discos e em muitos concertos. O agrupamento tem-se dedicado, de forma pioneira em Portugal, a interpretações de música dos períodos barroco e clássico, com instrumentos da época.

Capicua & Mulheres da Lusofonia

Capicua é uma das figuras maiores do rap português e a única mulher a conquistar lugar de destaque na competitiva cena hip-hop nacional. Conhecida pela sua escrita emotiva e socialmente engajada, pela espontaneidade e por uma clara atitude feminista, conta já com uma longa discografia.

No Festival do Maio, além de ter apresentado o seu repertório próprio, convidou duas mulheres fortes da música lusófona: a luso-cabo-verdiana Sara Tavares, com décadas de prestígio na mistura da música crioula com a música do mundo, e a luso-angolana Eva Rap Diva, rainha do rap angolano, conhecida pela sua atitude aguerrida e pela rima rápida no improviso.

Capicua convidou ainda o artista plástico Vítor Ferreira que ilustrou, desenhando ao vivo e em palco, cada tema que foi sendo interpretado. Em palco com Capicua, estiveram ainda o DJ D-One, Virtus, nas programações, a MC M7 e o baterista Ivo Costa.

2 de maio  - 21.30 horas

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Fernando Tordo

Em 2019, Fernando Tordo, substituiu à última hora Fausto Bordalo Dias, que teve de cancelar o concerto programado por motivos de saúde. Fernando Tordo, também um reconhecido artista nacional, consagrado pelo trabalho que tem desenvolvido desde a década de 1960, estreou-se em disco com «Tocata», um álbum com música da sua autoria e textos de José Carlos Ary dos Santos, com quem colaborou em diversas outras ocasiões.

Tem extensa discografia e também um vasto trabalho como autor para nomes como Carlos do Carmo, Mariza, Carminho, Simone de Oliveira, António Zambujo, Amor Electro, Paulo de Carvalho ou Rita Redshoes.

Kusturica & The Non Smoking Orchestra

O primeiro dia do Festival do Maio terminou com um concerto de Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra, já depois da meia-noite, e foi sem dúvida um espetáculo para agora recordar. A banda sérvia tornou-se um fenómeno mundial, um paradoxo assumido com humor pela formação que se declara antiglobalização.

O espetáculo juntou o rock, a música cigana e o unza unza, estilo de música sérvia que se assemelha a uma rumba, mas num registo muito mais acelerado e frenético.

Aclamado como realizador, Emir Kusturica surgiu acompanhado pela The No Smoking Orchestra num espetáculo que contagiou o público presente, como também a banda, que não se aguentou no palco e juntou-se à festa num contacto próximo e único com os festivaleiros.

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