Autarquia debate problemas ambientais com a secretária de Estado do Ambiente
O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, reuniu-se esta terça-feira com a secretária de Estado do Ambiente, Inês dos Santos Costa, com o objetivo de procurar soluções para problemas ambientais que preocupam a autarquia.
O primeiro diz respeito às descargas de águas residuais não tratadas na Baía do Seixal, por dois motivos já identificados: a falta de investimento por parte da SIMARSUL e a falta de eficiência e eficácia do funcionamento da estação de tratamento de esgotos da Quinta da Bomba, gerida pelos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento de Almada.
O outro tema abordado referiu-se à AMARSUL e ao aterro sanitário intermunicipal do Seixal, que tem causado graves impactos ambientais sobre os habitantes que residem junto ao mesmo.
Presidente da autarquia apontou falta de investimento e manutenção por parte da SIMARSUL
No que se refere às descargas de esgotos não tratados na Baía do Seixal, foi transmitido à governante que "são da responsabilidade da SIMARSUL, empresa a quem a Câmara Municipal do Seixal paga 6 milhões de euros por ano para o tratamento de esgostos. Há todo um conjunto de coletores de esgotos que estão em redor da Baía do Seixal que têm problemas e as próprias estações elevatórias também, por falta de investimento e manutenção. Esses investimentos já deveriam ter sido feitos pela SIMARSUL, que é uma empresa pública multimunicipal, com 51 por cento do Estado e 49 por cento das autarquias, e que tem vindo a adiar esses investimentos", referiu o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, no final da reunião.
Outro dos problemas "é a falta de eficiência e eficácia do funcionamento da ETAR da Quinta da Bomba, gerida pelos SMAS de Almada. A Câmara Municipal do Seixal está a pagar metade dos custos daquela estação de tratamento, mas ela não está a fazer o tratamento devido, pelo que informámos a senhora secretária de Estado dos resultados péssimos das análises à água na zona envolvente à ETAR, que demonstram um elevado número de coliformes fecais e outros, que significam que a água não está a ser tratada de forma devida. A Câmara de Almada está a receber dinheiro e não está a tratar convenientemente os esgotos, para além de constituir um crime ambiental", acrescentou Joaquim Santos.
Joaquim Santos solicitou que se encontre uma solução alternativa ao aterro
Durante a reunião, a secretária de Estado do Ambiente foi ainda informada sobre o aterro sanitário intermunicipal do Seixal, gerido pela AMARSUL que "neste momento está praticamente cheio, pois recebe resíduos, quer do Seixal, quer de Almada", acrescentou o autarca, que solicitou que se encontre uma solução alternativa ao aterro, que neste momento é um problema ambiental.
Joaquim Santos disse ainda que "esta situação causa fortes impactos sobre as populações, pelo que defendemos uma solução que seja ambientalmente mais sustentável do que um aterro".
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