Autarquia exige retoma de obras na secundária João de Barros

Obra parada na Escola Secundária João de Barros
-
21 Fev '17

A Câmara Municipal do Seixal visitou mais uma vez, durante a tarde de segunda-feira, dia 20 de fevereiro, as instalações da Escola Secundária João de Barros, cujas obras estão paradas há 6 anos.

A acompanhar a visita esteve o diretor do Agrupamento de Escolas João de Barros, António Carvalho.

Importa lembrar que os cerca de 1100 alunos têm atualmente aulas em contentores de obra e no meio de um estaleiro ao abandono, em condições verdadeiramente preocupantes e que pioram a cada dia que passa, sendo urgente e necessária uma resposta por parte da tutela.

Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, referiu que “a autarquia, juntamente com a comunidade educativa, tem vindo a alertar o Governo para a necessidade de concluir esta obra no menor espaço de tempo, uma vez que a mesma foi interrompida em 2011 e só agora estará para se adjudicar a sua retoma, o que esperamos que efetivamente ainda aconteça este ano”.

O autarca frisou ainda que “a visita de hoje vem demonstrar uma vez mais a enorme preocupação da Câmara Municipal do Seixal, com os cerca de 1100 alunos que aqui estudam sem condições para aprender. Também os professores e os auxiliares prestam o melhor serviço à comunidade em condições precárias. A nossa presença aqui serve para, uma vez mais, alertar as entidades responsáveis, neste caso o Ministério da Educação, para que, no mais curto espaço de tempo, possa avançar com esta obra de requalificação, para que a Escola Secundária João de Barros possa assim continuar a cumprir a sua missão”.

Relativamente ao ponto de situação da obra, o autarca informou que “aquilo que sabemos é que o concurso para a retoma da obra foi publicado em abril do ano passado e que estará agora em fase de adjudicação, faltando um despacho para autorizar a despesa. Lançamos o desafio para que esse despacho seja efetuado de forma célere para que a obra possa avançar. Esta intervenção ainda demorará cerca de 16 meses, pelo que é fundamental que a mesma possa começar o mais rápido possível, para que possamos ter a obra concluída ainda em 2018. A terminar nesta data, serão 7 anos em que a Escola Secundária João de Barros trabalhou sem condições, o que não abona a favor daqueles que defendem a escola pública, como uma função social do Estado ao serviço do desenvolvimento e das pessoas”.

Durante a visita, António Carvalho, diretor do Agrupamento de Escolas João de Barros, disse ainda que “fomos informados pela tutela que está para publicação a portaria que autoriza a despesa para a realização da obra e portanto aguardamos essa publicação. Após a mesma, a Parque Escolar irá terminar os processos que tem pendentes e o Tribunal de Contas fará o seu papel também. Enfim, todos os mecanismos administrativos associados à autorização de despesa serão espoletados e depois ficaremos a aguardar o início da obra. Não existe ainda uma data porque estes processos têm prazos que são flexíveis. Temos uma ideia que em princípio em junho ou julho será possível reiniciar a obra, mas certezas, com uma data concreta, não temos”.

Questionado sobre as dificuldades atuais de funcionamento da escola, António Carvalho referiu que “temos as condições mínimas exigidas para que as aulas se possam realizar com qualidade. As nossas dificuldades continuam a ser, acima de tudo, de utilização do espaço exterior, pois temos muito pouco e os nossos alunos estão sujeitos a ter que utilizar áreas muito restritas, em especial quando chove. Temos tentado encontrar alternativas, como por exemplo abrir salas para que eles se possam abrigar, mas felizmente essa fase mais aguda da chuva e do frio deve estar a terminar, pelo que contamos que daqui em diante as coisas corram melhor. Esta comunidade educativa vive nesta situação há seis anos e todas as contrariedades foram sempre ultrapassadas com muito esforço e muita criatividade, e com uma enorme vontade de vencer”. 

O diretor da escola acrescentou ainda que “o nosso número de alunos aumentou, pelo que estou convencido que a qualidade do trabalho é boa e é reconhecida pela comunidade, que continua a procurar a escola, apesar das suas condições, porque reconhece que, no que diz respeito ao essencial – a preparação dos nossos alunos para seguirem estudos e para a vida – estamos a fazer um excelente trabalho".

Partilhar

Está aqui