Autarquias e utentes solicitam reunião ao ministro da Saúde

O encontro entre estas entidades teve lugar teraç-feira, dia 27 de junho, junto ao terreno já cedido pela autarquia para este efeito.

Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, referiu que “a freguesia de Amora tem cerca de 50 mil habitantes e apenas um centro de saúde, que recebe, para além destes utentes, também os munícipes das restantes freguesias que não têm médico de família”. O autarca acrescentou ainda que “a Câmara Municipal do Seixal cedeu um terreno para a construção desta infraestrutura há cerca de 20 anos, faltando a sua construção, que é uma responsabilidade do Governo”.

Pela Comissão de Utentes da Saúde do Concelho do Seixal falou José Sales, que referiu que “esta é mais uma das reivindicações que temos vindo a fazer no que se refere à situação da saúde no concelho, porque a população precisa de mais equipamentos, mas também de mais médicos e de maior facilidade de acesso aos serviços de saúde”.

Há cerca de 20 anos que a Câmara Municipal do Seixal tem reservado o espaço para a construção desta unidade de saúde, contudo a construção da mesma nunca chegou a avançar. A freguesia de Amora tem atualmente cerca de 50 mil habitantes e a unidade de saúde aí existente não consegue dar resposta à população residente. A agravar a situação, o centro de saúde desta freguesia recebe também os utentes sem médico de família que pertencem à freguesia de Fernão Ferro e à União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires. Significa portanto que na unidade de saúde de Amora são atendidos para além dos residentes, também os cerca de 15 mil utentes sem médico de família destas freguesias que para aqui têm de se deslocar. 

As populações têm assim de se sujeitar à disponibilidade de agenda dos poucos médicos existentes para as suas necessidades. O alargamento dos horários de funcionamento, a existência de mais médicos em todas as unidades de saúde e a construção de mais equipamentos de saúde são necessidades urgentes para a população do concelho do Seixal.

Em Portugal, o direito à proteção da saúde está consagrado na Constituição da República Portuguesa e assenta num conjunto de valores fundamentais como a dignidade humana, a equidade, a ética e a solidariedade. Compete ao Estado garantir o acesso dos cidadãos aos cuidados médicos, através de um Serviço Nacional de Saúde, universal e geral, tendencialmente gratuito, e de uma eficiente cobertura, em todo o país, de recursos humanos e equipamentos de saúde.

A Câmara Municipal do Seixal tem alertado os governos para a necessidade de resolver esta situação. Face ao novo avanço alcançado com a assinatura de um protocolo para a construção de um novo centro de saúde de Corroios, é também premente avançar com a viabilização desta unidade de saúde nos Foros de Amora.