Luta pela conclusão das obras na ES João de Barros continua
A Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Secundária (ES) João de Barros foi esta quarta-feira ouvida na Assembleia da República, pela Comissão Parlamentar de Educação, em audiência pedida em abril passado, mas devido à crise pandémica não se realizou mais cedo.
Aos deputados presentes (PS, PSD, PCP e BE) foi exposta a perplexidade e indignação pelos sucessivos atrasos nas obras de requalificação da escola e a lentidão do Estado e do poder político que os causaram.
Sem que isso representasse qualquer revisão que atrasasse ainda mais a conclusão das obras, os deputados foram alertados para o facto de o projeto de requalificação da Escola Secundária João de Barros, executado há 12 ou 13 anos, ter sido mal realizado.
O polidesportivo é uma superfície coberta, não permitindo a prática de atividades de Educação Física previstas no programa curricular, como a ginástica.
Também não foi considerado o crescimento demográfico. O projeto está subdimensionado em relação ao crescimento da população escolar, havendo alunos colocados fora da freguesia por falta de vagas.
É urgente avançar com a nova escola secundária na freguesia. A Câmara Municipal do Seixal tem terreno reservado para o efeito em Santa Marta do Pinhal. Falta apenas a vontade política.
Por falta de pavilhão escolar, desde 2013 que o Estado paga cerca de 6 000 euros mensais pelo aluguer do espaço indoor, para que os alunos aí possam ter alguma prática desportiva. Este ano letivo, não está disponível e foi a Junta de Freguesia de Corroios que, mediante um protocolo com a Parque Escolar, que libertou o seu Multiusos da Quinta da Marialva, destinado ao movimento associativo e ao tecido empresarial, resolvendo temporariamente o problema, através da adaptação do espaço, nomeadamente pela construção de balneários.
Foram também apontados alguns erros nos sucessivos concursos públicos, que levou a que ficassem vazios ou permeáveis à entrada de empresas menos qualificadas.
Os deputados presentes manifestaram apoio e solidariedade à luta desta comunidade escolar e enalteceram a sua determinação e resiliência.
Por parte da Associação de Pais e Encarregados de Educação, foi pedido que os deputados honrassem o compromisso com os seus eleitores e, através dos procedimentos regimentais à sua disposição, sensibilizassem e pressionassem o Governo para a solução dos factos enunciados por esta associação.
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