Seixal aprova a construção do novo aeroporto em Alcochete
A Autarquia aprovou ontem, em reunião de câmara, uma tomada de posição sobre a necessidade de construção de um novo Aeroporto de Lisboa, sendo que considera que o terminal no Montijo não é solução.
Esta é uma questão que há várias décadas se discute e dos vários estudos efetuados pelos governos, desde 2008 que a solução escolhida foi a construção de um novo Aeroporto Internacional nos terrenos do designado Campo de Tiro de Alcochete.
Após a privatização da ANA, os governos esqueceram os estudos realizados e decidiram que em vez de construirem o projeto selecionado, iriam avançar com uma das hipóteses chumbadas - o Aeroporto no Montijo.
O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, referiu sobre esta questão que «este é um projeto sem futuro, extremamente oneroso para o nosso país, para uma solução que daqui por alguns anos estará esgotada, enquanto na primeira fase do Novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete far-se-ia mais obra pelo valor que se prevê para a opção Montijo. Acrescem os problemas sobre a população e sobre o ambiente, e é por isso que o Município do Seixal considera que a opção pela Base Aérea nº 6 no Montijo não é a opção mais adequada para a Região nem para o País».
O autarca acrescentou ainda que «a opção pelo Aeroporto do Montijo atinge milhares de pessoas, estima-se que entre 30 a 35 mil habitantes, cujas residências se situam no cone de aterragem e de descolagem previsto, da Quinta do Conde, de Coina/Palhais, da Baixa da Banheira, do Vale da Amoreira e do Lavradio. Todavia, há zonas residenciais do concelho do Seixal, sobretudo na freguesia de Fernão Ferro e na freguesia da Aldeia de Paio Pires, que ficam contíguas à área afetada pelo referido cone, nas quais o ruído ultrapassará em muito o que é admissível, colocando em causa a saúde e bem-estar das populações. Ainda a falta de acessibilidades a esta infraestrutura é outro problema, não se perspetivando a construção da ponte Seixal-Barreiro, apenas três quilómetros de via para ligar à ponte Vasco da Gama».
Nesta reunião de câmara foi também aprovado um protocolo de gestão partilhada entre a Administração do Porto de Lisboa, S.A e o Município do Seixal, tendo em conta que a autarquia pretende promover cada vez mais a Baía do Seixal no âmbito da criação de novos produtos turísticos assentes na sua potenciação. Este protocolo irá ainda permitir ao município o uso e exploração de equipamentos e infraestruturas de apoio à Náutica de Recreio e Turismo na Baía.
O executivo aprovou ainda diversos apoios financeiros, através de contratos programa, a entidades e coletividades do concelho, com o objetivo de apoiar no desenvolvimento das suas atividades. São exemplo o apoio à Sociedade Filarmónica União Seixalense, no valor de 26 735 euros, que permitirá a substituição do teto do salão da coletividade ou o apoio ao movimento associativo cultural do Seixal do concelho de forma a que possam dar continuidade aos seus projetos e programas, no valor de 53 900 euros. De forma a viabilizar a construção de um pavilhão desportivo do clube Portugal Cultural e Recreio, foi também aprovado um novo apoio no valor de 250 mil euros. O mesmo valor foi também atribuído ao Clube Associativo de Santa Marta do Pinhal, para que estes possam dar continuidade às obras de construção do seu pavilhão desportivo. A autarquia aprovou ainda uma comparticipação financeira no valor de 350 mil euros para apoiar a continuação das obras do centro de treinos do Amora Futebol Clube.
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