Seixal contra o encerramento de estações dos CTT

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22 Fev '18

A Câmara Municipal do Seixal vai estar presente na manifestação promovida pelos trabalhadores do grupo CTT esta sexta-feira, dia 23 de fevereiro, a partir das 15 horas, no Marquês de Pombal, em Lisboa.

Recorde-se que os trabalhadores desta instituição marcaram uma greve e manifestação nacional para este dia, contra a redução de pessoal e o encerramento de estações dos correios.

Recorde-se que, no que se refere ao concelho do Seixal, está em causa o encerramento da estação sedeada em Aldeia de Paio Pires, onde vivem cerca 15 000 habitantes, com um número significativo de pessoas com dificuldades de mobilidade, e que a esta se deslocam para serviços de grande importância para as suas vidas, como o levantamento da reforma ou o pagamento de contas, e para quem, naturalmente, a distância será um fator extremamente negativo. 

Importa lembrar que no passado dia 5 de fevereiro, as populações e autarcas dos municípios do Seixal, Loures, Alpiarça e Odivelas, em conjunto com a União das Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação, Junta de Freguesia de Riba de Ave, União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires e União de Freguesias de Queluz e Belas, estiveram presentes na sede dos CTT em Lisboa, para reivindicar que as estações dos CTT dos respetivos municípios não fossem encerradas. A Câmara Municipal do Seixal entregou ainda nesse dia mais de 2 mil postais recolhidos num curto espaço de tempo assinados pela população de Paio Pires que exige a manutenção deste serviço.

No final dessa reunião, Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, informou que «não se dá importância às pessoas nem ao serviço público que se deve prestar, pois para a administração dos CTT apenas os valores financeiros importam e nem sequer demonstram preocupação com a confidencialidade e privacidade do serviço de distribuição postal, estando dispostos a entregar o serviço nas mãos de qualquer pessoa». O autarca lembrou ainda que «só em 2017 os CTT tiveram um lucro de 72 milhões de euros, pelo que não se justifica tal medida».

A Câmara Municipal do Seixal não ficou satisfeita com a resposta obtida pelo que pediu reunião ao primeiro-ministro e à Comissão Parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas.

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