SeixalJazz começou com muito público e entusiasmo

Carlos Bica Trio Azul
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19 Out '15

A 16.ª edição do SeixalJazz começou este fim de semana com os concertos de Paulus Schäfer Trio e de Carlos Bica & Azul que lotaram o auditório municipal, confirmando este festival como uma referência entre os eventos do género em Portugal.

A música começou a ouvir-se na sexta-feira, dia 16 de outubro, com a atuação do trio de jazz manouche, ou jazz cigano, do holandês Paulus Schäfer, um dos grandes intérpretes do estilo. Tons inéditos para o SeixalJazz, que nunca havia recebido um concerto desta variante do jazz, criada na década de 1930 pelo incontornável Django Reinhardt.

A escolha agradou ao público presente que aplaudiu efusivamente os temas que o exímio guitarrista foi introduzindo ao longo da noite. Acompanhado pela viola baixo de Noah Schäfer e pela guitarra ritmo de Romino Grünholz, Paulus Schäfer conquistou a plateia e abriu o SeixalJazz 2015 da melhor forma.

Veja a entrevista com o guitarrista e alguns momentos do concerto, que contou com um convidado especial, o músico Nuno Marinho.

O regresso ao SeixalJazz do contrabaixista Carlos Bica marcou a noite de sábado. Como em 2011, o músico português apresentou-se acompanhado pela sua formação mais bem sucedida: o trio Azul, com Frank Möbus, na guitarra, e Jim Black, na bateria.

Donos de uma musicalidade única, os três músicos demonstraram em palco um entendimento irrepreensível na interpretação de temas novos e de outros já conhecidos, que fazem do trio Azul um dos projetos mais notáveis do jazz europeu. A química que hoje se ouve e se vê em cima do palco surgiu logo no primeiro concerto, há mais de 20 anos, e o público do SeixalJazz pôde voltar a testemunhá-la.

Em entrevista, Carlos Bica explica como o grupo mantém viva a chama criativa após tantos anos de cumplicidade.

Festival com identidade

O SeixalJazz surgiu em 1996 e, desde logo, assumiu um papel de grande protagonismo no panorama do jazz nacional. Ao longo dos anos, conquistou o seu espaço e por mérito próprio construiu uma identidade marcante que o coloca entre os eventos incontornáveis para os amantes da música jazz.

Hoje, ainda estão presentes esses traços identitários, dos quais são exemplo os concertos com dois sets, ao bom estilo dos clubes de jazz, que permitem momentos de partilha e convívio durante o intervalo.

No final do espetáculo, o SeixalJazz promove o convívio entre os músicos e o público, que pode trocar impressões com os grandes protagonistas da noite ou simplesmente levar um autógrafo para casa. Assim voltou a acontecer no arranque deste 16.º SeixalJazz e foram muitas as pessoas que deixaram o Fórum Cultural do Seixal com recordações inesquecíveis.

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