Piscina de Paio Pires e Centro de Treinos do Amora
A autaquia aprovou no dia 18 de junho, em reunião de câmara, a adjudicação da empreitada para a construção da Piscina Municipal de Paio Pires, e a cedência de um terreno e apoio financeiro ao Amora Futebol Clube, para que este possa avançar com a construção do seu centro de treinos.
Durante a sessão foi ainda aprovada uma tomada de posição pela prática desportiva e pela qualidade de vida das populações.
A construção da Piscina Municipal de Paio Pires, uma obra no valor de 1.872.500,00 euros, com acréscimo de IVA, e com prazo de execução de 450 dias, após validação do Tribunal de Contas, torna-se fundamental para dar resposta à crescente procura de infraestruturas desta natureza vocacionadas para atividades desportivas, recreativas e terapêuticas. Desta forma será possível dar resposta às expectativas e anseios dos habitantes do concelho que têm vindo a manifestar esse interesse. Este novo equipamento irá contribuir substancialmente para a prática salutar do exercício físico que tantos benefícios traz para a saúde e para a qualidade de vida.
Durante a reunião de câmara foi também aprovada a cedência de um terreno com uma área de 12.885,00 m2 ao Amora Futebol Clube, pelo prazo de vinte anos, com o objetivo deste poder construir o seu Centro de Treinos, que será composto por um campo de futebol, destinado a treinos e iniciativas de futebol, bem como todas as infraestruturas necessárias para a prática da modalidade. Foi ainda aprovada um contrato-programa com o referido Clube, com vista à atribuição de uma comparticipação financeira no valor de 250 mil euros para apoiar as obras do campo de treinos e a recuperação dos balneários.
Importa referir que a promoção e o apoio ao desporto é uma das competências e atribuições das Autarquias, em prol do bem estar das suas populações. Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, referiu a este propósito que «um dos fatores fundamentais de desenvolvimento desportivo é traduzido necessariamente no apoio e estímulo ao Movimento Associativo Desportivo, considerando que os clubes desportivos desempenham uma utilíssima função social, contribuindo para o desenvolvimento do desporto, bem como para o lazer e a ocupação dos tempos livres, viabilizando a concretização de iniciativas e projetos de interesse comunitário». O autarca lembrou ainda que «o município tem vindo a conceder, aos longo dos anos, e na medida das suas possibilidades, apoios às coletividades locais, uma vez que o trabalho que é desenvolvido por estas no concelho tem sido determinante, promovendo o desporto, a cultura e o recreio, num trabalho de inestimável significado».
O coletivo da Câmara Municipal do Seixal aprovou também uma tomada de posição onde se defende o desporto para todos por uma vida mais saudável. Importa lembrar que no passado dia 4 de junho a Organização Mundial de Saúde apresentou em Portugal o seu mais recente plano “WHO Global Action Plan on Physical Activity 2018-2030” visando o combate a um conjunto muito significativo de doenças provocadas pela falta de atividade física, apresentação esta onde também marcou presença o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, na qualidade de presidente da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis.
É hoje uma evidência científica indiscutível que a chamada inatividade física ou seja o sedentarismo, provoca consequências de enorme gravidade para a vida de todos os indivíduos, pelo que se impõe que se tomem medidas urgentes para colmatar esta realidade. A situação está visivelmente a agravar-se na medida em que todas as estatísticas demonstram que a totalidade da população está a tornar-se cada vez menos ativa. No Concelho do Seixal, a câmara municipal promoveu desde o inicio deste século, um vasto programa promotor e incentivador da prática da atividade física dirigido a toda a população constituído por um conjunto de 46 projetos de desenvolvimento desportivo, dirigidos aos diferentes grupos etários da população, às crianças, através do jogo, aos jovens através da prática desportiva, aos adultos criando programas específicos e condições urbanas de prática da atividade, aos portadores de deficiência, através de ações e programas de desporto adaptado, às mulheres especialmente as atividades artísticas expressivas e aos idosos o apoio através de programas ajustados através das unidades de acolhimento desta população. Além disso, ao esforço em criar estruturas que respondam às necessidades da prática desportiva federada e auto organizada associou-se um investimento significativo na modernização e remodelação de todo o parque desportivo existente no Concelho. Ainda se avançou na criação de novos espaços urbanos em termos do uso da bicicleta e da expansão de circuitos pedonais.
Como solução para o problema, Joaquim Santos aponta «a criação de um Plano Nacional de Atividade Física e Desportiva, verdadeiramente multissetorial, que recupere o atraso que o nosso país regista neste capítulo, envolvendo todos os serviços do Estado com ação nesta área, e os parceiros, designadamente as autarquias, os clubes desportivos e as suas estruturas organizativas.” O autarca manifestou ainda o seu descontentamento face ao “fraco investimento do Estado nesta matéria, quer ao nível da população escolar, quer no que respeita aos parceiros constitucionalmente consagrados, considerando que o Poder Central devia dotar as escolas, as autarquias e os clubes dos meios necessários para responder às necessidades de difusão das práticas da educação física, do desporto e, de uma forma geral, da atividade física. Do ponto de vista legislativo, o processo urbanístico deveria ainda obedecer aos imperativos da criação de um ambiente sadio e facilitador da mobilidade e em consequência da prática da atividade física por toda a população».
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