«Regresso ao extraordinário» no Festival do Teatro do Seixal
A 38.ª edição do Festival de Teatro do Seixal, a decorrer de 11 de novembro a 4 de dezembro, no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal, no Cinema S. Vicente, no Auditório Municipal de Miratejo e em diversas coletividades do concelho, propõe este ano, após um regresso à normalidade, o «regresso ao extraordinário»: ao sonho, à luta e aos mais altos desejos e aspirações da alma humana.
#RegressoAoExtraordinario
A iniciativa acolhe novamente a melhor arte dramática que se faz um pouco por todo o país com a participação de companhias locais e de todo o país.
Num trabalho da Mala Voadora, «Festival» é a peça de abertura este ano, escrita por Jorge Andrade, a partir de «Sum», de David Eagleman, como último espetáculo de uma trilogia em torno da ideia de felicidade, é um espetáculo de ficção científica cuja ação decorre num escritório, onde se encontram quatro pessoas que se dedicam-se a imaginar o que poderá ser a vida depois da morte, sendo que o seu profissionalismo passa pela sua capacidade especulativa.
Também no Auditório Municipal, «A Coragem da Minha Mãe» é uma peça da responsabilidade dos Artistas Unidos que se apresenta como uma paródia de um conto de fadas dos tempos modernos.
Na mesma sala, «Damas da Noite» é uma coprodução escrita, encenada e protagonizada por Elmano Sancho, em que é evocada a conflituosa reviravolta de expectativas em torno do seu nascimento, os pais esperavam uma menina, de nome já destinado, Cléopâtre, mas nasceu um menino.
No Cinema S. Vicente, em Aldeia de Paio Pires, destaque ainda para «Duas Peças de Xadrez», a primeira encenação de Joãozinho da Costa, que foi o protagonista de «A Rapariga Mandjako», de Rui Catalão, uma peça inspirada em episódios da sua vida e que conta a história de Quintino, um rapaz problemático que passa pela cadeia e a quem o reencontro com o irmão pode mudar o rumo do seu destino.
O Teatro da Terra, companhia residente no Seixal, encerra este festival e apresenta «A Última Refeição», um monólogo escrito por António Cabrita, encenado por António Pires e interpretado por Maria João Luís, em que a atriz interpreta Helena, a mulher de Bertolt Brecht, no dia em que o célebre dramaturgo se encontra já morto e no caixão e a agora viúva lhe prepara o seu prato favorito.
Durante esta edição, que decorre durante os meses de novembro em dezembro em vários espaços do concelho, destaque ainda para as peças «Amílcar Geração», do projeto teatral Paralelo20, com produção da Culturproject, «Refúgio», pelo Teatro e Marionetas de Mandrágora, de Espinho, «Anastácia & C.ª», da responsabilidade da Pé de Palco, «A Solidão das Horas», d’O Grito, ambados do Seixal, «Memórias de Uma Falsificadora», pela Horta – Produtos Culturais, São Luiz Teatro Municipal e Museu do Aljube e Truta, de Lisboa, «Menecma ou o Efeito de Mandela», do Grupo de Teatro Almagesto, de Almada e «AUX», pela Animateatro, do Seixal.
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