Seixal exige abertura imediata da unidade de rastreio à covid-19

A autarquia teve agora conhecimento de que a mesma só deverá começar a funcionar no dia 16 de abril, situação que se considera inadmissível e lamentável.

Para Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, "esta é uma situação que muito nos preocupa, pois significa que a população do concelho continua a não ter acesso aos testes, sendo que a realização dos mesmos ajudaria a identificar os casos positivos e a tomar medidas para conter a proliferação do vírus. Desde o dia 27 de março que a autarquia cedeu um espaço próprio para o efeito, bem como todos os meios para que esta unidade possa começar a laborar, não se compreendendo esta demora".

O autarca apelou ainda que "o Ministério da Saúde possa resolver esta situação o quanto antes, pois temos uma população superior a 160 mil habitantes que necessita desta resposta urgente".

Importa ainda referir que a Câmara Municipal do Seixal ativou o Plano Municipal de Emergência no dia 31 de março, sendo que nessa altura foi também endereçado um ofício ao Governo a exigir a realização urgente de testes à covid-19 aos bombeiros e utentes e profissionais de lares de idosos e da Unidade de Cuidados Continuados Integrados do Concelho do Seixal, de forma que possam ser despistados quaisquer focos de contaminação numa população de elevado risco, e até ao momento tal também não se verificou.

A autarquia tem vindo a promover todas as medidas ao seu alcance para combater esta pandemia, tais como o encerramento dos serviços municipais com atendimento ao público, o encerramento de parques, jardins e espaços de jogo e recreio, a aprovação do Plano Operacional Municipal contra a covid-19, o fornecimento de refeições nas escolas a todos os alunos abrangidos pelos escalões A e B, integralmente custeados pela Câmara Municipal do Seixal, a implementação de um Plano de Apoio Social, a instalação de Centros de Acolhimento Temporário para vítimas de covid-19, o fornecimento de equipamentos de proteção individual aos bombeiros, PSP e instituições sociais, entre tantas outras, pelo que é assim imprescindível que as autoridades de saúde pública avancem também com as medidas e intervenções ao seu alcance para mitigar o contágio ao nível local.