Seixal solicita análise para abolição das portagens na A33

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18 Maio '17

A Câmara Municipal do Seixal e a Junta de Freguesia de Amora decidiram enviar um ofício ao ministro do Planeamento e das Infraestruturas para solicitar que este analise urgentemente a possibilidade de abolição das portagens da A33 no concelho. 

Joaquim Santos, presidente da Câmara Municipal do Seixal, referiu que «esta autoestrada era uma reivindicação dos municípios da Margem Sul com mais de 20 anos, estando a funcionar desde 2012, mas é portajada somente no concelho, em três locais, o que afasta as populações da mesma». O autarca acrescentou ainda que «a A33 poderia ser uma boa alternativa para descongestionar a A2, a EN10 e a EN 378, mas, devido ao pagamento elevado de três portagens, a infraestrutura não é utilizada como poderia ser».

Joaquim Santos considerou ainda a possibilidade de que «a retirada de portagens pudesse ser feita de forma progressiva, começando pela de Belverde, que implica que quem se queira deslocar dentro do concelho tenha que efetuar sempre um pagamento». Já Manuel Araújo, presidente da Junta de Freguesia de Amora, informou que «a abolição das portagens dentro do concelho do Seixal seria uma mais-valia para aliviar o trânsito no centro da cidade, pois a população passaria a utilizar esta infraestrutura, diluindo o tráfego».

A Câmara Municipal do Seixal rejeita desta forma o pagamento de portagens na A33. Importa lembrar que, no concelho, esta autoestrada tem 3 portagens pagas: em Coina, Belverde e Vale de Milhaços, situação que acontece desde a sua abertura. Este pagamento de portagens é rejeitado pela câmara municipal por ser injusto, uma vez que é o concelho mais prejudicado comparativamente aos restantes por onde passa esta infraestrutura, pois a A33 atravessa os concelhos de Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete mas só é paga nos troços do concelho do Seixal.

A Câmara Municipal do Seixal já se manifestou contra a introdução de portagens no troço da A33 no município, pois considera que está posto em causa o direito à mobilidade dos cidadãos consagrado na Constituição da República Portuguesa, afastando muitos cidadãos desta infraestrutura.

A A33/IC32 é uma infraestrutura estruturante e fundamental para o desenvolvimento económico da região e do país e foi durante muitos anos uma exigência das populações e do Poder Local da região. 

No entanto, a autarquia está contra o facto de terem que ser as populações a custear a obra, diminuindo o índice de eficiência desta via, gorando as perspetivas de desenvolvimento das empresas e continuando a penalizar a qualidade de vida das populações da Margem Sul.

A autarquia considera ainda que esta autoestrada tem um perfil de variante às redes viárias municipais de hierarquia superior, que há muito atingiram o limite da sua capacidade, pelo que a existência de portagens faz com que esta autoestrada não cumpra a sua função e que se mantenha o congestionamento das outras vias. 

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