As Cores das Cidades dos Meus Sonhos

Exposição de pintura, tributo a Monteiro Alves, integrada no Ciclo de Apresentação do Acervo Artístico Municipal.

De 19 de janeiro a 2 de março

Horário

De terça-feira a sábado, das 15 às 19 horas.

A Câmara Municipal do Seixal dispõe de um vasto e diversificado conjunto de obras de arte que constituem o Acervo Artístico Municipal, consolidado de modo regular desde a abertura da Galeria de Exposições Augusto Cabrita/Fórum Cultural do Seixal, em 1993.

O Ciclo de Apresentação do Acervo Artístico Municipal, recentemente iniciado, tem como objetivo exibir publicamente as obras que integram esta coleção.

As Cores das Cidades dos Meus Sonhos, exposição de pintura da autoria de Monteiro Alves, é composta por um conjunto de 30 obras que foram apresentada publicamente na Galeria de Exposições Augusto Cabrita entre 3 de novembro de 2007 e 12 de janeiro de 2008 e que o autor ofereceu à autarquia do Seixal.

A reposição da presente exposição, além de dar a conhecer ao grande público a coleção de arte do município, pretende igualmente prestar um tributo a Monteiro Alves.

Monteiro Alves, nascido no Seixal em 1927, foi trabalhar para uma fábrica corticeira aos onze anos, tendo também trabalhado, ainda na adolescência, nas docas do Estaleiro Naval da Rocha Conde de Óbidos.

Ao concluir o Curso Complementar do Comércio, foi empregado de escritório, chegando a secretário-geral de uma das principais empresas do ramo alimentar. Posteriormente, já na reforma, tornou-se pintor e mais tarde professor de Introdução à Pintura na Universidade Internacional para a Terceira Idade, tendo também exercido na Universidade Sénior do Seixal – UNISSEIXAL.

Pintor de génese autodidata, frequentou os cursos de pintura e desenho na Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, sob a orientação dos professores Jaime Silva e Sebastião Quintino, e o curso da História de Arte na Universidade Internacional para a Terceira Idade, ministrado pelo professor Jorge Vieira.

Foi fortemente influenciado pelos pintores Albino Moura e Cidália Rodrigues.

«As cidades de Monteiro Alves são habitadas por pessoas eleitas, porque fazem parte de um imaginário que o pintor criou com estilo próprio e de uma técnica sua, pintura conseguida através de uma procura e de uma grande vontade.
Pintor tardio, mas que nos seus quadros fazia adivinhar o seu sentido poético agora expresso no seu livro Liberdade Poética das Palavras. Pedaços da minha terra, pedaços de saudade, um passado distante de grandes lutas, de gente já perdida na distância do tempo, Seixal de outros tempos, de um tempo das fábricas da cortiça e do aço dos homens e mulheres que lutaram o peixe, o vinho, os estaleiros, a saudade, de toda uma vida.
Pinta com palavras os pescadores, os calafates, carpinteiros, corticeiros, tantos companheiros com quem privou.»

Albino Moura, pintor
(no catálogo da exposição AS CORES DAS CIDADES DOS MEUS SONHOS, patente de 3 de novembro de 2007 a 12 de janeiro de 2008, na Galeria de Exposições Augusto Cabrita)