O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor

  • 13
    Sexta-feira
    Abril 2018
21.30 h

Público-alvo
Maiores de 16 anos.

Duração: 55 minutos.

* 50 % de desconto para jovens até 25 anos, reformados e trabalhadores das autarquias do Seixal.
** Horário para reservas: de segunda a sexta-feira, das 10 às 12 horas e das 14.30 às 16 horas.

 

Com interpretação de André Louro e encenação de António Olaio, «O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor» é um dos textos mais emblemáticos da produção literária de Luiz Pacheco, escritor, editor, tradutor e crítico literário, falecido em 2008.

Fundador da editora Contraponto, onde deu a conhecer a obra de escritores como Mário Cesariny ou Herberto Helder, Luiz Pacheco recordou que o texto se resume à recordação de «um dia de maluqueira», recusando-se a comentar as tendências homossexuais identificadas na obra ou sequer a esclarecer se a referência a Braga deve mesmo interpretar-se enquanto como símbolo da Igreja Católica e do Estado Novo. Em resposta a todas estas questões, Luiz Pacheco limitou-se a condescender: «Meteram-me dentro do texto». Uma resposta que lembra uma outra, de Eça de Queiroz quando, no séc. XIX, Pinheiro Chagas deu conta do sentimento de ultraje de Bulhão Pato por sentir-se caricaturado na figura de Tomás de Alencar, em «Os Maias». Eça afirmou então «não há nada em comum (...) além daqueles traços literários pelos quais um poeta romântico é sempre parecido com outro poeta romântico».

Nesta dramatização do polémico e inovador texto de Luiz Pacheco, que se assume como uma verdadeira homenagem ao «escritor maldito», André Louro explora esta hipótese de identidade entre o libertino e o autor e transforma o texto de 1961 num monólogo em que a figura de Luiz Pacheco se sobrepõe à personagem que tenta seduzir lolitas e magalas na cidade dos arcebispos.

Na revista «Time Out», o crítico Rui Monteiro aplaudiu o resultado e sublinhou a transformação do ator em «libertino perverso e irresponsável sem se perder em efeitos de representação e superficialidades, assim dando consistência à fragilidade original da peça com uma interpretação rigorosa e emocional».

 

 

Público-alvo
Geral

Telefone 210 976 103 (**)

Reservas 915 635 090 (**)

Preço
5 euros (*)

Está aqui