Núcleo da Mundet

A Mundet foi uma das maiores empresas do país no setor corticeiro, sendo reconhecida pela sua política social inovadora. No entanto, o surgimento de novos materiais, como o plástico, fez com que entrasse num processo de decadência até ao seu encerramento em 1988, depois de um conturbado período de lutas sociais e de tentativas de viabilizar a sua manutenção. Pelo seu longo historial, a corticeira está intimamente ligada à vida de muitas gerações de seixalenses.

Depois da sua aquisição pública, a Câmara Municipal do Seixal musealizou dois edifícios da fábrica. Em 1998, abria ao público o Edifício das Caldeiras Babcock & Wilcox e, no ano 2000, o Edifício das Caldeiras de Cozer. Ambos os edifícios (atualmente a aguardar obras de conservação) integram a área expositiva do Núcleo da Mundet relativa à divulgação e à valorização do património industrial corticeiro do concelho.

Do conjunto de edifícios legados pela fábrica destacam-se as oficinas ligadas à preparação e transformação da cortiça, as zonas de armazenagem de matéria-prima e de produtos acabados, as caldeiras de cozer, o edifício das caldeiras Babcock & Wilcox, a central eléctrica, as oficinas de Rebaixar e de Champanhe Aglomerado, os escritórios, a creche e a casa de infância e o cais da Mundet.

O Núcleo da Mundet está instalado na antiga fábrica corticeira da Mundet, no Seixal, e tem como objetivos:

- a divulgação da história e a transmissão das memórias da antiga fábrica, do núcleo urbano antigo do Seixal e das comunidades do concelho e da região;
- a preservação, o estudo, a interpretação e a comunicação do património industrial, nomeadamente do acervo incorporado e museologicamente gerido;
- a promoção e a valorização do universo da cortiça na actualidade, nos contextos nacional e internacional, no sentido de alargar o espectro de públicos motivados para o conhecimento das suas realidades e do património cultural corticeiro.

 

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