SeiXalmas Pintadas

  • 23
    Sábado
    Junho 2018
    >
    28
    Sábado
    Julho 2018
17.00 h

Exposição de pintura de João Barros Silva.

Inaugurada no dia 23 de junho, sábado, às 17 horas.

De 23 de junho a 28 de julho

Horário

De terça a sexta-feira, das 10 às 20.30 horas.
Sábado, das 14.30 às 20.30 horas.
 

João Barros Silva

Segundo filho do pintor autodidata João de Barros Silva, que nos anos 50 partiu de Lisboa para Angola, João Manuel desde cedo conviveu com esta forma de arte.

Na sua adolescência, pelos 15 anos de idade, pinta os primeiros quadros a óleo sobre tela ou madeira, iniciado pelo seu pai de quem absorveu as maiores influências e o gosto particular pela figura humana.

Em 1975, com a vinda para Portugal, em vésperas da independência de Angola, interrompe por vários anos a sua atividade artística.

Já durante o curso de Medicina (se ao qual não tivesse tido acesso optaria pelo curso de Belas Artes) e com carácter esporádico, retoma o desenho a grafite.

Primeiro na Ar.Co (1989) e posteriormente na Arte Ilimitada (1992), frequenta cursos breves de introdução ao desenho e à pintura.

No outono de 2014 é-lhe proposto integrar um grupo de seniores na ADFA – Associação dos Deficientes das Forças Armadas, que semanalmente se reunia sob a orientação de uma professora licenciada em Artes Plásticas com o objetivo de aprender técnicas de pintura.

Foi então que teve um contacto mais sério e continuado com a pintura a acrílico, tendo ganho a paixão pelo retrato, privilegiando o olhar, autêntico espelho da alma.

Exposições
2018
Sines, Porto de Abrigo numa Viagem Intemporal, Centro de Artes de Sines, abril-junho
Lisboa, Salão da Primavera, Galeria Auto Clube Médico Português
2017
Lisboa, Exposição Coletiva de Natal – MAC
Lisboa, Prémio MAC 2017 Mérito, julho 
Lisboa, Afinidades, Hospital das Forças Armadas/3.º aniversário, junho 
Sintra, Just Bright Souls, Biblioteca Municipal de Sintra/Casa Mantero, maio-junho
Odemira, Darwin/Dois Caminhos, Centro de Valorização Cultural/Câmara Municipal de Odemira, março 
2016
Lisboa, Exposição Coletiva de Natal - MAC
Odemira, Matriz, Igreja da Misericórdia/Câmara Municipal de Odemira, novembro
Lisboa, Prémio MAC 2016 Pintura, julho 
Sintra, Audácia, Comemorações do Centenário da Aviação Militar, Museu do Ar – Força Aérea Portuguesa
Lisboa, Pavilhão de Portugal
Azambuja, Museu Municipal Sebastião Mateus Arenque, junho-julho
Lisboa, participação no Mix de Artes Visuais, II Semana do Autor Médico – Galeria da Ordem dos Médicos, maio 
Lisboa, Pátria, Ministério da Defesa Nacional, abril 
Lisboa, participação no Salão da Primavera, Galeria Auto Clube Médico Português, abril
Lisboa, Janelas de Nós, Galeria MAC - Movimento de Arte Contemporânea, fevereiro 
2015
Lisboa, Exposição Coletiva de Natal - MAC
Amadora, participação na Homenagem Informal ao Mestre Gil Teixeira Lopes, Galeria Municipal Artur Bual, setembro
Lisboa, Brilho d'Alma, Galeria Arte-Graça, agosto
Lisboa, pintura, ADFA – Associação dos Deficientes das Forças Armadas, julho 
2014
Lisboa, Olhares, pintura e fotografia, ADFA – Associação dos Deficientes das Forças Armadas, outubro
2002
Lisboa, Exposição de Arte e Letras – Força Aérea Portuguesa – 50 Anos 1952/2002
1992
Sintra, desenho e pintura, Academia da Força Aérea Portuguesa

 

João Barros Silva, um fixador de almas. Livres e vivazes, profundas e sinceras. Alegres no pranto e em olhar de espanto se movem sublimes no fundo negro acrílico. As crinas do pincel envolto em negro cobriram até à maior opacidade translúcida que o artista dos semblantes torna improvável.

Algures na perene terra dos ocres, ferrugens desérticas e verdes profundos dos embondeiros, brotou uma alma, cujo dom se aquietou a medir o pulsar das veias, dos fluidos das seivas, dos ritmos sincopados dos corpos.

Os corpos materializam-se nas almas e não o contrário. Iniciemos a marcha da sua imortalização.

Como o médico dos corpos adia o fim, ou atrasa novos inícios enzimáticos, qual bisturi que acorre a devolver integridades, o pintor arma-se do pincel e transfere para a matéria moléculas errantes, gasosas e líquidas, consoante o elemento que habitam. 

Olhares atónitos ou errantes, lábios fugazes de ardente pulsar, rugas e traços profundos, longos e intermitentes, assumem um movimento estático apaixonante. Também há musgos e limos que o pintor tomou como uma obrigação conservar na humidade dos chorares em lágrimas para sempre. 

Na captação de almas a que JBS designou de SeiXalmas Pintadas, promete-nos no arrepio dos sentidos; a visualização de emoções, o embate dos ideais, as fragâncias da diversidade, as milhentas tonalidades do virtuosismo, os pretextos mais insanos e profanos das culturas e mentalidades. Numa frase, um êxtase total para as janelas das almas, que são os nossos olhos.

Quem se atreverá a captar a alma de João Barros Silva, pois quase como escreveu um poeta: «nem palavras nem pincéis» …

Anabela Soares

 

 

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