Autarquia propõe solução para retomar o serviço fluvial

cais fluvial
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29 Out '20

O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, enviou hoje um ofício ao ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, com a possibilidade de colocação de um pontão flutuante e passadiço de embarque/desembarque no antigo Terminal Fluvial do Seixal.

Segundo o edil, «esta alternativa permitiria à população do concelho continuar a usufruir do transporte fluvial e mitigaria os impactos da interrupção abrupta do serviço prestado no atual Terminal Fluvial do Seixal».

O autarca refere também que tratar-se-ia de «uma solução de carácter provisório e temporário, não dispondo das condições habituais de um terminal de carácter permanente», surgindo na sequência de uma consulta realizada pela autarquia junto de empresas da fileira náutica e de construção naval.

Recorde-se que desde o dia 26 de outubro e ainda sem data prevista para o restabelecimento da normalidade, os utentes da Transtejo estão impossibilitados de utilizar o Terminal Fluvial do Seixal devido a obras de substituição do pontão de embarque/desembarque. Joaquim Santos afirma que esta medida «lesa os interesses da população do concelho», apesar de reconhecer «a urgência e premência dos motivos para a realização da obra».

Desta forma, perante as dúvidas levantadas em relação ao funcionamento das carreiras rodoviárias alternativas – com relatos de incumprimentos de ligações rodoviárias sobretudo Cacilhas-Seixal, sobrelotação de autocarros em horas de ponta e atrasos no serviço regular da TST – e procurando manter a credibilidade no novo modelo de passe social intermodal, o presidente do município seixalense explica que «numa análise preliminar, apurámos que, em termos de acessibilidade marítima, a cala de acesso e a área circundante à ponte-cais existente dispõem de fundos adequados ao posicionamento de um pontão flutuante e à navegação e manobra das embarcações da Transtejo/Soflusa, bastando para tal a definição de uma banda lateral e algumas intervenções de limpeza de boias e amarrações obsoletas, além da desobstrução do canal de acesso de algumas embarcações fundeadas».

O autarca defende ainda «ser possível instalar um pontão flutuante adequado e devidamente certificado, fixado por cabos/correntes à estrutura existente e a novos pontos de fixação a instalar na ponte-cais existente, bem como a instalação de um passadiço de embarque/desembarque a ligar a ponte-cais existente ao pontão flutuante, utilizando o atual espaço disponível na «cabeça» do pontão fixo; esta solução implicaria naturalmente intervenções de reabilitação e qualificação da ponte-cais existente, a nível do reforço estrutural, piso e segurança; a acessibilidade dos passageiros também se encontraria assegurada, sendo uma zona ampla que permitiria facilmente a definição de corredores de acesso ao passadiço no piso da ponte-cais e o controlo do número de pessoas a circular em simultâneo nos mesmos».

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