Isto É Uma Mulher?

  • 04
    Sexta-feira
    Novembro 2022
21.30 h


Vivem-se hoje tempos que se distanciam daqueles modelos arcaicos em que a obrigatoriedade das mulheres se ocuparem, exclusivamente, das tarefas domésticas contrastava com a liberdade dos homens para trabalhar, votar, governar e movimentar-se livremente. Nestas sociedades ditas modernas, estas não tinham, inclusivamente, direitos sobre o seu próprio corpo.

Existem atualmente sociedades em que a mulher desempenha papéis de responsabilidade antes reservados aos homens. Paralelamente, outras há em que as mulheres continuam a viver numa condição de quase invisibilidade.

Criar uma peça sobre a mulher ou mulheres pode parecer tão oportuno como arriscado ou mesmo imprudente, pois, às questões anteriores, juntam-se aquelas relacionadas com a construção e identidade de género as quais estão, igualmente, longe de ser resolvidas.

Com a peça «Isto É Uma Mulher?» criam-se situações que permitem a descoberta ou, simplesmente, que desafiam o público a confrontar-se consigo próprio e a envolver-se, ainda que por instantes, num universo em que, em cada pergunta e resposta, existe uma probabilidade de razão. Quis-se integrar a construção de um lugar humanizado e evoluído em que ser mulher já não cabe nos paradigmas do passado.


Espetáculo de Ana Clara Guerra Marques (Angola) e Irène Tassembédo (Burquina Faso), pela Companhia de Dança Contemporânea de Angola.

 

 

Sobre a companhia

Com uma história de 30 anos, a Companhia de Dança Contemporânea de Angola (CDCA) abriu outros caminhos para a dança em Angola, país que, no plano das artes, é ainda muito conservador.

Fundada em 1991, edificou, através de um percurso de inovação e singularidade, uma história exclusiva que faz dela um coletivo histórico e único, num contexto artístico que permanece frágil, conservador e fortemente cunhado pelas danças patrimoniais e recreativas urbanas e pela ausência de um movimento de criação de autor, no plano da dança.

Provocando uma rutura estética na cena da dança angolana e tornando-se, em 2009, uma companhia de dança inclusiva, a CDCA inaugurou o regime de temporadas e criou uma linha de trabalho que, dispensando as narrativas de estruturação convencional, preferencia propostas que confrontem o público com as suas próprias histórias, aspetos do seu quotidiano, das suas realidades sociais, da sua condição de cidadãos de universos que se cruzam.

 

 

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