Câmara do Seixal desaprova aeroporto no Montijo

Audição na AR
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16 Jul '20

O presidente da Câmara Municipal do Seixal, Joaquim Santos, esteve na Assembleia da República, esta quarta-feira, onde foi discutida a construção do terminal aeroportuário no Montijo.

O autarca, que foi ouvido pelos vários grupos parlamentares, referiu que "a localização prevista pelo Governo para este terminal acarreta enormes impactos negativos, não só no ambiente, mas também na qualidade de vida e saúde das populações dos concelhos envolvidos, estimando-se que mais de 90.000 pessoas serão afetadas de forma direta".

"a opção Montijo não serve os interesses das populações, da região e do país"

Joaquim Santos acrescentou ainda que "a opção Montijo não serve os interesses das populações, da região e do país. Este é um projeto sem futuro e que daqui por alguns anos estará esgotado, enquanto numa primeira fase do novo Aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete far-se-ia mais obra pelo valor que se prevê para a opção Montijo, sem afetar a saúde de milhares de pessoas".

A construção de um novo aeroporto está em discussão há várias décadas, com diversos estudos efetuados pelos sucessivos governos. Desde 2008 que a solução escolhida foi a construção de um novo aeroporto internacional nos terrenos do designado Campo de Tiro de Alcochete, após um estudo desenvolvido pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

Importa referir que esta posição desfavorável ao Montijo não é só da autarquia do Seixal, nem só da Moita, de Palmela, de Sesimbra, de Setúbal ou de Benavente. É também a posição desde sempre da Ordem dos Engenheiros, da Ordem dos Biólogos, de várias associações ambientais, até estrangeiras, e dos profissionais do setor da aviação.

Joaquim Tavares, vice-presidente da autarquia e membro do conselho diretivo da Associação de Municípios da Região de Setúbal, também participou na audição conjunta e anunciou a posição desta associação, que também não é favorável à construção do novo aeroporto no Montijo.

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