Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis lança Atlas da Saúde
O Atlas da Saúde, apresentado esta terça-feira na Assembleia da República, vai permitir caracterizar o estado de saúde e fazer o levantamento de dados estatísticos dos vários municípios que compõem a Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis.
«Este indicador vai-nos permitir perceber quais são os maiores problemas de saúde num determinado conjunto populacional, de forma que possamos orientar as políticas públicas para irmos corrigindo esses resultados menos positivos», afirmou o presidente da rede de municípios, Joaquim Santos, que também é autarca na Câmara Municipal do Seixal.
A iniciativa irá obter dados estatísticos georreferenciados e atualizáveis ao longo dos anos, através de uma plataforma online. O projeto tem uma duração de três anos e meio.
O Atlas da Saúde será uma ferramenta de suporte à elaboração do Perfil de Saúde Municipal e da Carta de Saúde Municipal e à definição das políticas municipais de promoção de saúde e dos estilos de vida saudáveis. Os resultados alcançados irão contribuir para a tomada de decisões baseadas em evidência científica, com o objetivo de implementar medidas com maior potencial de promoção da saúde das populações e de redução das desigualdades em saúde.
O Altas da Saúde surge de um desafio lançado pela Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis à Equipa de Investigação em Geografia da Saúde do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Coimbra (CEGOT-UC), coordenada pela professora doutora Paula Santana.
O projeto conta com a participação de oito investigadores e será desenvolvido em duas fases. A primeira fase engloba a identificação, seleção, recolha de dados, análise e tratamento estatístico de indicadores recolhidos na literatura e em documentos-chave para a definição e avaliação de Município Saudável. A segunda fase do projeto é a construção e aplicação de um índice multidimensional de saúde com capacidade para avaliar a saúde da população dos municípios da RPMS em múltiplas dimensões, tendo por base a agregação dos indicadores recolhidos.
A plataforma, assente em sistemas de informação geográfica, ficará depois disponível online, podendo ser consultada pelo público.
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