Festival de Teatro do Seixal
Na 41.ª edição, o Festival de Teatro do Seixal aposta novamente num formato descentralizado e com um programa de espetáculos inteiramente gratuito. Esta descentralização e gratuitidade significam uma aposta clara na democratização do acesso à cultura, enquanto condição que aprimora a nossa vida em comunidade, nos faz questionar quem somos e nos aproxima do outro.
Este ano, apresentamos oito peças com temas atuais, textos de grande relevo e as melhores dramaturgias, assinadas por companhias de grande projeção nacional, uma das quais sediada aqui no concelho.
Não perca!!
PROGRAMA
14 de novembro, quinta-feira, 21.30 horas
Urgência Climática
Hotel Europa
Criação: André Amálio e Tereza Havlíčková
Dramaturgia: André Amálio
M/ 12 anos
Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
«Urgência Climática» é uma peça de teatro que está na ordem do dia. Com um número muito reduzido de vozes científicas dissonantes, pode dizer-se ser quase unânime entre cientistas que as mudanças climáticas são já na atualidade as principais causas de um elevado número de desastres naturais que vão acontecendo um pouco por todo o mundo.
Movimento: Tereza Havlíčková | Interpretação e cocriação: Andreia Galvão, João Oliveira, Matilde Graça, Yolanda Santos | Música e interpretação musical: Vicente Silvestre | Apoio à criação musical: Edison Otero | Cenografia e figurinos: Ana Paula Rocha | Direção técnica e desenho de luz: Joaquim Madaíl | Assistente de encenação: Ivone Fernandes-Jesus | Produção executiva: Ruana Carolina | Comunicação: Patrícia Cuan | Designer: António Gomes | Estagiária: Mariana Sarsfield | Apoio a residência: O Espaço do Tempo, Teatro da Didascália, Festival TODOS, Teatro di Sardegna, DeVIR CAPa, Industra | Produção: Hotel Europa | Coprodução: São Luiz Teatro Municipal, Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro Viriato, Lavrar o Mar, Anda&Fala | A Hotel Europa é uma estrutura financiada pela Direção-Geral das Artes do Ministério da Cultura da República Portuguesa.
ACESSIBILIDADE: LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA E AUDIODESCRIÇÃO
Transporte em autocarro para pessoas cegas
Para este espetáculo, a Câmara Municipal do Seixal irá disponibilizar transporte em autocarro para pessoas cegas, entre a estação de comboios do Fogueteiro e o Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal.
Para usufruir deste transporte é necessário proceder à inscrição até às 12 horas do dia 13 de novembro, quarta-feira, através do telefone 915 635 090 ou do email bilheteira.cultura@cm-seixal.pt.
Partida da estação do Fogueteiro no dia do espetáculo: 20.30 horas.
Regresso à estação do Fogueteiro: partida do Fórum Cultural do Seixal após o final do espetáculo.
15 de novembro, sexta-feira, 21.30 horas
Candeia Acesa
Animateatro
Texto/dramaturgia: Cláudio Pereira
M/ 14 anos
Fábrica da Pólvora de Vale de Milhaços
Uma homenagem ao fado, ao destino, como motor de renovação. Revelando a discrepância entre o rural e o citadino, entre o literato e o iliterato, entre o sonho e a realidade, propomos um encontro furtivo a um local que se promete livre, ainda ensombrado pela opressão de um mundo que se tolhia pelo totalitarismo. Espreitamos, à luz de candeias, três vontades, ávidas de mudança. Vontades que se faziam sentir num pré-25 de Abril… «O constante julgamento e policiamento como tique de temperamento das gentes.»
Encenação: Cláudio Pereira | Assistência de encenação: Cláudia Palma | Coordenação/gestão do projeto: Lina Ramos | Interpretação: Cláudio Pereira, Lina Ramos e Sérgio Marcelino | Cenografia: Prisma Oficina | Figurinos: Cocriação | Grafismo: César Duarte | Fotografia: Paulo Vicente | Produção: Animateatro
16 de novembro, sábado, 16 horas
No Meu Bairro
Sociedade das Primas – Associação Cultural
Texto e adaptação: Lúcia Vicente
M/ 6 anos
Espaço Teatro da Terra – Centro de Criação Artística
«No Meu Bairro» é uma ode à diversidade e ao respeito pela individualidade. O espetáculo é uma criação para a infância e adaptação teatral do livro homónimo da escritora Lúcia Vicente. «No Meu Bairro» junta literatura, música e teatro para contar a história de várias crianças que dialogam e se interrogam sobre representatividade e diversidade de género, familiar e étnica, assim como assuntos transversais como deficiência, feminismo e bullying. Um espetáculo que tem a ambição de provocar a reflexão não só das crianças, mas também de pais e educadores que as acompanhem, dando-lhes as ferramentas necessárias para abordar temas fraturantes da sociedade.
Conceção e direção: Beatriz Teodósio | Performers: Beatriz Teodósio, Fred Botta, Inês Cóias, Mariana Vasconcelos e Danilo da Mata | Performers de língua gestual: Sofia Soares e Valentina Carvalho (GES TU) | Produção: Sociedade das Primas – Associação Cultural | Assistência à direção e produção: Patrícia Fonseca | Música original: Beatriz Almeida | Cenografia e figurinos: Sociedade das Primas – Associação Cultural | Ilustração e materiais de divulgação: Tiago M. |
Comunicação e assessoria de imprensa: Martinho Filipe \ Parceiros: Penguin Random House, GES TU, Associação AfriCandé, ILGA Portugal, Amplos, Espaço Lx Jovem, Bruno Gonçalves
17 de novembro, domingo, 16 horas
Democracia Portátil
José Leite
Texto e encenação: José Leite
M/ 12 anos
Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
«Ele: Está em nós. Dentro de nós. Enraizada nos nossos valores. É portátil. Anda connosco para todo o lado. É uma força interior que carregamos connosco em todas as circunstâncias. É belo imaginar a democracia dentro de nós, não é?
Ela: Democracia portátil. É isso mesmo. Não podemos exigir só a democracia no mundo exterior, mas cultivá-la dentro de nós e defendê-la. Temos de cultivar o nosso jardim interior. Quanto mais conhecermos a linha do tempo, mais capazes somos de proteger aquilo que valorizamos.»
Assistência de encenação: Rui Westermann | Interpretação: Inês Dias e Rui Westermann | Cenografia: Henrique Ralheta | Desenho de luz: Janaina Gonçalves | Design gráfico: José Cruz
Produção: Nuno Pratas / Culturproject | Coprodutores: Câmara Municipal de Lagos, Câmara Municipal de Ponte de Lima e Cineteatro Louletano
ACESSIBILIDADE: LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA E AUDIODESCRIÇÃO
21 de novembro, quinta-feira, 10* e 21** horas
Magdalena
Teatro Bravo
Texto: Rafael Diaz Costa, com excertos do texto de Fernanda Neves
M/ 12 anos
Escola Secundária de Amora
Dois atores partem de mochila às costas e percorrem lugares periféricos deste corpo chamado Portugal. Na sua caminhada, encontram fragmentos de lugares votados ao esquecimento. Cruzam-se com as gentes desses lugares e acumulam na sua mochila as suas vozes nunca ouvidas, as suas histórias esquecidas e a força individual que constrói o país. Invocando as pessoas e os lugares, o palco torna-se o lugar de manifestação.
Encenação: Rafael Diaz Costa | Interpretação: Maria Mouga Muge | Fotografia: Filipe Ferreira
Cartaz: Pedro Mamede | Produção: Teatro Bravo | Projeto financiado por: Direção-Geral das Artes do Ministério da Cultura da República Portuguesa | Agradecimentos: Joana Rita Sousa (filósofa), Virgínia Baptista (professora de história e investigadora), Fernanda Neves (atriz), Madre Aida Maria (Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus), Nara Miranda (cuidadora informal), Sara Rodrigues (técnica superior de antropologia), Polo Cultural Gaivotas, Companhia Olga Roriz, Teatro Papa-Léguas, Companhia de Atores
*Sessão de acesso reservado aos alunos da Escola Secundária de Amora
** Sessão aberta ao público em geral, mediante reserva prévia.
22 de novembro, sexta-feira, 21.30 horas
1984
Artistas Unidos
Texto: A partir de 1984 de George Orwell, adaptação de Robert Icke e Duncan Macmillan
M/ 14 anos
Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
«O GRANDE IRMÃO ESTÁ SEMPRE A OBSERVAR-TE». Este aviso rege o futuro assustador e distópico do clássico de George Orwell, 1984, adaptado para o palco por Robert Icke e Duncan Macmillan. O partido totalitário proíbe o individualismo, a independência e o pensamento livre, distorcendo o passado à sua vontade e controlando os seus cidadãos com medo e violência. No coração deste mundo sombrio, Winston Smith ousa sonhar com um mundo livre do Big Brother. Por meio de pequenos atos de desafio – começar um diário, apaixonar-se – um homem solitário consegue defender a verdade, a liberdade e a esperança para as gerações vindouras.
Tradução: Eduardo Calheiros Figueiredo | Interpretação: Ana Castro, Carolina Salles, Gonçalo Carvalho, Inês Pereira, Paulo Pinto, Raquel Montenegro, Tiago Matias | Cenografia e figurinos: Rita Lopes Alves | Assistência de cenografia: Francisco Silva | Luz: Pedro Domingos | Som: André Pires | Vídeo: Jorge Cruz e Nuno Barroca | Assistência de encenação: Inês Pereira e Joana Calado
Encenação: Pedro Carraca | Produção: Artistas Unidos | Coprodução/apoios: Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, Câmara Municipal de Aveiro, Teatro Aveirense
23 de novembro, sábado, 21.30 horas
Trash
teatroàfaca
Criação: Afonso Molinar
M/ 14 anos
Auditório Municipal de Miratejo
Criado a partir de textos escritos entre março de 2020 e outubro de 2021, «Trash» é o retrato de um jovem escritor preso em casa durante a pandemia de covid-19. Sem trabalho, sem dinheiro, sem vida social e sem perspetivas de melhoria, a sucessão de acontecimentos e circunstâncias transportam o jovem numa espiral de rápida degeneração da sua saúde mental, até comparar a sua própria existência com lixo. Vê-se assim obrigado a encontrar formas alternativas de lidar com a vida e de se sentir presente na mesma.
Criação: Afonso Molinar | Com: Afonso Molinar e Rodrigo Saraiva | Produção: Diana Especial, Laura Ribeiro d’Almeida | Animação Vídeo: TEMPER | Sonoplastia: João Gamory | Vozes: Constança Neto, Válter Teixeira e Laura Ribeiro | Consultoria de comunicação e marketing: Iara Sousa | Design: Tiago Marquez | Fotografia: Afonso Molinar e Catarina Santos | Apoio à Comunicação: CNC, e-Cultura Agradecimentos: Artistas Unidos | Trash é um espetáculo financiado pela Fundação GDA, Câmara Municipal de Lisboa, Câmara Municipal de Almada.
24 de novembro, domingo, 17 horas
O Tamanho das Coisas
Terra Amarela
Texto: Alex Cassal
M/ 12 anos
Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal
«O Tamanho das Coisas» investiga a vida de um homem que está continuamente a mudar de dimensão; ora a crescer até se tornar um gigante a sapatear por entre cidades liliputianas, ora a encolher até uma escala microscópica, quando a menor racha no chão passa a ser um abismo intransponível. Ou será o mundo ao seu redor que está a mudar?
Encenação: Marco Paiva | Interpretação: Paulo Azevedo | Vídeo arte: Mário Melo Costa | Direção de produção: Nuno Pratas – Culturproject | Produção: Terra Amarela | Apoio: Câmara Municipal de Pombal | Língua gestual portuguesa: Patrícia Carmo | Cenografia: Marco Paiva e Nuno Samora
Figurinos: José António Tenente | Desenho de luz: Nuno Samora | Espaço sonoro: José Alberto Gomes
ACESSIBILIDADE: LÍNGUA GESTUAL PORTUGUESA E AUDIODESCRIÇÃO
Transporte em autocarro para pessoas cegas
Para este espetáculo, a Câmara Municipal do Seixal irá disponibilizar transporte em autocarro para pessoas cegas, entre a estação de comboios do Fogueteiro e o Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal.
Para usufruir deste transporte é necessário proceder à inscrição até às 12 horas do dia 22 de novembro, sexta-feira, através do telefone 915 635 090 ou do email bilheteira.cultura@cm-seixal.pt.
Partida da estação do Fogueteiro no dia do espetáculo: 20.30 horas.
Regresso à estação do Fogueteiro: partida do Fórum Cultural do Seixal após o final do espetáculo.
ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Oficinas de criação teatral*
Como desenhar um território?
Por: Terra Amarela
«A construção de um espaço comum é uma ação em constante movimento. O sucesso dessa construção depende em larga escala da nossa capacidade de alimentar um diálogo permanente com esse mesmo espaço, de nos mantermos atentos às suas mutações e de agirmos estrategicamente sobre a sua diversidade. Observar, escutar, pôr em contacto, transformar e agir sobre esse espaço é uma rotina saudável que nos une a um bem comum. E se a estratégia formal desta ação é preciosa, a sua dimensão criativa e poética não é menos importante. Somos esperançosamente, na mesma medida, racionais e emocionais, estrategas e poetas, concretos e emocionalmente desejosos de sermos o mais feliz possível. É a partir desta dicotomia que eu proponho o nosso encontro: Gente extraordinariamente racional que se apaixona pelo invisível para transformar o que já existe em algo melhor. Vamos desenhar o nosso território, analisá-lo, olhar para fora dele e regressar para o fazer crescer. Tudo isto através da extraordinária capacidade da arte de tornar visível o que está já ali ao virar da esquina.» Marco Paiva
Marco Paiva – Nota Biográfica
Licenciado em Teatro – Formação de Atores pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Concluiu em 2008 o Curso Europeu de Aperfeiçoamento Teatral na École des Maîtres, dirigido pelo encenador brasileiro Enrique Diaz (Cia dos Atores). Tem uma pós-graduação em Empreendedorismo e Estudos da Cultura – Ramo de Gestão Cultural, no ISCTE. Tem vindo a colaborar como ator e encenador em diversas estruturas, nomeadamente o Teatro Nacional D. Maria II, Centro Dramático Nacional de Espanha, Comuna – Teatro de Pesquisa, O Bando, LAMA – Laboratório de Artes e Media do Algarve, Culturgest, Casa da Música Teatro Helena Sá e Costa, projeto Crinabel Teatro, entre outros. Faz regularmente cinema e televisão.
Fundou em 2018 a Terra Amarela – Plataforma de Criação Artística Inclusiva, que desenvolve o seu trabalho em torno da cultura acessível e das práticas artísticas inclusivas.
*Oficinas de acesso reservado a alunos com e sem deficiência e professores
ENTRADA GRATUITA
Todos os espetáculos são de entrada livre, mediante reserva prévia através de formulário online a disponíveis na página de cada evento.
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